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O trabalho dialoga com o livro “Flower Arranging“ de Joyce Rogers publicado em 1964. Livro que inspirou minha avó e minha mãe em suas competições locais de arranjos florais. Estimulada por essas imagens comencei o processo de criar meus próprios arranjos florais mas dessa vez compostos de coisas descartadas que perderam sua funcionalidade comercial. Esses restos que logo depois de serem utilizados e descartados passam a compor nossa paisagem contemporânea quase “natural“  do lixo que se estende em nossas praças, caminhos, rios, oceanos ate o mundo estelar.

 

A obra final é uma fotografia em grande formato que carrega o conflito e a discussão entre o orgânico e inorgânico, memoria, futuro e passado. A obra é o distópico mas também expressa como outras coisas nascem no fim do mundo, objetos que deixam de servir para sua utilidade inicial e depois de serem descartados eles crescem e sobrevivem.

Estefanía Gavina
Arranjos florais do fim do mundo

Estefanía Gavina

(Buenos Aires, 1972)

 

Artista fundadora do Ateliê CASA espaço idealizado como lugar de pesquisa e
experimentação de fotografia contemporânea. É uma das idealizadoras do projeto
ACHO - Arquivo Coleção de Histórias Ordinárias. Suas obras se concentram na coleta e
metamorfose de coisas descartadas para questionar a passagem da vida, o fim da
existência e o que resta, a sobrevivência. Em 2021 participou do 46° SARP - Salão de
Arte de Ribeirão Preto, 27° Salão de artes de Praia Grande, PROAC e do 12°Festival de
Fotografia Hercule Florence. Sua obra foi selecionada para o Festival Foto em Pauta
Tiradentes [2020], FIF_BH Festival Internacional de Fotografia de Belo Horizonte
[2020], MARP 2a Mostra do Programa de Exposições de Ribeirão Preto (2019], 49°
Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba [2019] e o Wall FOTOHAUS - OFF em Arles
[2018]. Em 2019 realizou a exposição individual O que mudou e continua a mudar"
no
Museu de Arte Contemporânea de Campinas pelo Fundo de Investimentos Culturais da
cidade. Recebeu o Prêmio Mario Cravo Neto de Fotografia [2019] e foi finalista no
Festival de Fotografia Goyazes [2017], o Prix Photo Web [2018] e o Prêmio Mundie de
Fotografia [2016]. Vive e trabalha em Campinas [SP] desde 2002.

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